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Adoçantes: Uma opção para cada paladar

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Entenda a diferença entre eles

Para reduzir o consumo de açúcar e respeitar as recomendações da OMS, os edulcorantes são boas opções. O ideal é avaliar o adoçante que se adeque melhor para cada caso e paladar, pois estudos recentes indicam efeito benéfico dos adoçantes na redução da ingestão de energia, perda de peso e gordura localizada, bem como melhoria no controle da glicemia de jejum em comparação ao açúcar, vale lembrar que apesar das diferenças, todos os adoçantes podem ser consumidos por diabéticos.

 

Sucralose

A sucralose é o único adoçante obtido através da cana-de-açúcar e, portanto, apresenta o sabor do açúcar sem o residual amargo e sem calorias. Adoça 600 vezes mais que o açúcar e é lipofóbica. Dessa forma, não se acumula nos tecidos gordurosos, não atravessa a placenta nem é levado ao sistema nervoso central, já que a sua eliminação ocorre nas primeiras horas após o consumo e em 13 horas é totalmente eliminado pelo organismo pelas fezes e urina.

Aprovada por todas as autoridades mundiais, estudos afirmam que a sucralose não é tóxica, não causa câncer, não afeta o sistema imunológico, não afeta o sistema nervoso central, não altera a glicemia e, por isso, pode ser consumida por qualquer um, inclusive diabéticos, gestantes, crianças e idosos. Além disso, a sucralose se comporta muito bem em altas temperaturas, sendo uma alternativa para preparo de sobremesas em geral.

 

Stevia

Os adoçantes à base de estévia possuem constituintes naturais da planta stevia rebaudiana. Têm o poder de adoçar até 300 vezes superior ao açúcar, resistem a altas temperaturas e tem sabor residual característico da folha, com o avanço no processo de filtração e extração, hoje os adoçantes contam com partes mais doces da folha, como os Rebaudiosideos A e M com menor sabor residual. Ele é pobremente absorvido, sendo eliminado pela urina. É seguro para crianças e gestantes.  

 

Eritritol

O eritritol é um tipo de adoçante de baixa caloria que pertence à classe dos álcoois de açúcar ou polióis. É encontrado naturalmente em pequenas quantidades em várias frutas e alimentos fermentados. Contém cerca de 0,24 calorias por grama, apresenta 70% do dulçor do açúcar e tem o índice glicêmico igual a zero, o que significa que não eleva os níveis de glicose no sangue, tornando-o uma ótima escolha para portadores de diabetes ou que seguem dietas com redução de açúcar ou carboidratos. Aproximadamente 90% do eritritol consumido é absorvido no intestino delgado e excretado na urina, praticamente sem alteração, por isso não causa desconforto digestivo, comum em outros polióis.

 

Xilitol

É um adoçante 100% natural, encontrado na natureza em pequenas quantidades, como nas frutas, vegetais, liquens, algas, madeiras e cogumelos. Porém, a maior fonte de obtenção do xilitol atualmente tem sido o milho, é extraído da celulose presente neste alimento. Adoça na mesma proporção que o açúcar, com 2,4 calorias por grama, quase a metade do açúcar que tem 4 calorias por grama. O xilitol apresenta um sabor suave refrescante, sem notas amargas, pode ser utilizado em receitas para forno e fogão.

É seguro para saúde pois não eleva o açúcar no sangue e ainda tem um efeito positivo anti-cariogênico. 40% do xilitol é absorvido e transportado para o fígado, onde é metabolizado. No fígado, o xilitol é convertido em glicose ou glicogênio. A porção de xilitol que não é absorvida no intestino delgado passa para o intestino grosso. No intestino grosso é fermentado por bactérias intestinais, resultando na produção de gases e ácidos graxos de cadeia curta. Esse processo pode causar desconforto gastrointestinal em algumas pessoas, especialmente se consumido em grandes quantidades.

 

Sacarina

Derivado do petróleo, esse adoçante apresenta sabor residual amargo que aumenta com a quantidade utilizada. Ele atravessa a placenta, por isso deve ser evitado por gestantes. O sódio compõe a molécula de sacarina, por isso alimentos adoçados com sacarina têm maiores teores de sódio quando comparados aos adoçados com açúcar. É resistente a altas temperaturas e encontra-se em alimentos, bebidas, adoçantes de mesa, geleias, gomas, frutas em conserva e molhos de salada.

 

Ciclamato de sódio

O ciclamato de sódio é cerca de 50 vezes mais doce do que o açúcar e não apresenta sabor residual amargo. Pode ser submetido a altas temperaturas. Muitas vezes é associado à sacarina com o intuito reduzir o amargor. Este produto é proibido em alguns países e contém sódio em sua composição.

 

Aspartame

Cerca de 200 vezes mais doce do que o açúcar. Seu sabor é mais limpo e doce, sem residual amargo. O APM é uma proteína, que libera 4kcal/g e se modifica em altas temperaturas, perdendo o poder de dulçor quando aquecido. O aspartame é uma proteína que nós digerimos, os produtos dessa digestão são: metanol, aspartato e fenilalanina, esta última exige a alegação nos rótulos, pois não deve ser consumida por portadores de uma doença rara chamada fenilcetonúria. O aspartame tem caído em desuso por diversos estudos questionando sua segurança.

 

Taumatina

A taumatina é uma proteína doce encontrada naturalmente no fruto de uma planta chamada Thaumatococcus daniellii, nativa da África Ocidental. Esta proteína é conhecida por seu intenso poder adoçante, sendo aproximadamente 2.000 a 3.000 vezes mais doce do que o açúcar. Devido a essas propriedades, a taumatina é utilizada como adoçante, intensificador de sabor e pode mascarar sabores amargos e melhorar o perfil de sabor de certos alimentos e bebidas. É considerada segura para consumo humano e é aprovada por diversas autoridades reguladoras de alimentos ao redor do mundo, incluindo a União Europeia e os Estados Unidos.

 

 

 

 

 

 

TEXTO ELABORADO POR ELAINE CRISTINA MOREIRA - CRN 14268

Nutricionista formada na USP com Especialização em Fisiologia do Exercício na USP, Nutrição em Doenças Crônicas no Hospital Israelita Albert Einstein e Nutrição Materno Infantil no Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da FMUSP.

Conselheira Consultiva da ANAD (Associação Nacional de Assistência ao Diabetes).

Realiza consultoria para indústria de alimentos, sua área de estudo é adoçantes, cujo tema ministra aulas em congressos, cursos de Nutrição e pós-graduação em todo Brasil.

 

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