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Adoçantes: substitutos dos açúcares

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A ANVISA define os edulcorantes como sendo substâncias naturais ou artificiais, diferentes dos açúcares, que conferem sabor doce aos alimentos (Anvisa, 2007). São compostos que possuem sabor doce de tal forma intenso que podem ser utilizados em produtos alimentares em concentrações suficientemente baixas de forma a não contribuírem substancialmente para o conteúdo calórico. 
Já o adoçante é o produto que contém um ou mais edulcorantes, pode ser acompanhado de um veículo que o transporta, que pode ser água, maltodextrina, lactose entre outros. 

Vale esclarecer que a liberação de um edulcorante para comercialização envolve um processo rigoroso que valida a sua segurança e eficácia para o consumo humano, são realizados estudos laboratoriais e em animais para avaliar a segurança toxicológica, metabolismo, biodisponibilidade e possíveis efeitos adversos do edulcorante. A partir desses estudos é feito um dossiê detalhado contendo todas as informações científicas disponíveis sobre o edulcorante, incluindo dados toxicológicos, estudos de longo prazo, estudos de carcinogenicidade, genotoxicidade, e estudos metabólicos, com base nos dados, é proposta uma Ingestão Diária Aceitável, que representa a quantidade da substância que pode ser consumida diariamente ao longo da vida sem risco significativo para a saúde. As autoridades reguladoras decidem se o edulcorante pode ser aprovado para uso, a partir disso a substância é então adicionada às listas de edulcorantes aprovados, como a lista GRAS (Generally Recognized As Safe) da FDA ou a lista de aditivos alimentares da EFSA. Após a  aprovação, continua a monitorização da segurança do edulcorante através de reavaliações periódicas. Este processo é conduzido por diversas autoridades reguladoras ao redor do mundo, tais como a Food and Drug Administration (FDA) nos Estados Unidos, a Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA) na Europa, e outras agências de segurança alimentar em diferentes países.

Os adoçantes substituem o açúcar sem inconvenientes, como calorias, possibilidade de causar cáries, elevar a glicemia e aumentar as reservas de gorduras. 
Cáries dentárias, obesidade, síndrome metabólica e diabetes tipo 2 são alguns dos prejuízos provocados pelo consumo de açúcar. Apesar disso, seu consumo ainda é bastante elevado. 
Em uma dieta de 2.000 kcal, apenas 200 kcal deveriam ser provenientes de açúcar, o que corresponde a 50 g diários. Consumir mais do que isso é fácil, pois além do

açúcar que acrescentamos nos alimentos, principalmente em bebidas, há ainda o açúcar presente nos produtos industrializados. Vale lembrar que o açúcar não está presente apenas em doces, frutas e refrigerantes, mas também em pães, massas e grãos. Esses alimentos são ricos em carboidratos, nutriente que é convertido em glicose no organismo. 
Existe uma opção para cada paladar, por isso é importante conhecer os diversos tipos disponíveis no mercado e reduzir o consumo de calorias e a glicemia substituindo o açúcar por adoçante.


TEXTO ELABORADO POR ELAINE CRISTINA MOREIRA - CRN 14268
Nutricionista formada na USP com Especialização em Fisiologia do Exercício na USP, Nutrição em Doenças Crônicas no Hospital Israelita Albert Einstein e Nutrição Materno Infantil no Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da FMUSP.
Conselheira Consultiva da ANAD (Associação Nacional de Assistência ao Diabetes).
Realiza consultoria para indústria de alimentos, sua área de estudo é adoçantes, cujo tema ministra aulas em congressos, cursos de Nutrição e pós graduação em todo Brasil.

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