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Açúcar: O Inimigo Silencioso da Sua Saúde

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Os doces em geral, feitos com açúcar, trazem uma sensação de bem-estar, isso não se discute, mas a discussão é o prejuízo do seu consumo.

O consumo de açúcar e bebidas açucaradas aumenta o risco de obesidade, e o aumento da gordura corporal é associado a um estado inflamatório crônico que afeta diretamente os níveis de vários hormônios circulantes, entre eles a insulina.

O consumo contínuo de grandes quantidades de carboidratos, principalmente os de rápida absorção, leva a uma necessidade constante de liberação de insulina para controlar os níveis de glicose no sangue, isso resulta em aumento da insulina. Com o tempo, as células começam a se tornar menos sensíveis, como resultado, o corpo precisa produzir ainda mais insulina, assim se instala um ciclo vicioso, culminando na resistência à insulina que pode levar ao esgotamento das células beta pancreáticas, acarretando no surgimento do Diabetes tipo2.

Outro agravante é a síndrome metabólica, um conjunto de condições que inclui hipertensão, níveis elevados de açúcar no sangue, excesso de gordura abdominal e níveis anormais de colesterol.

Não podemos deixar de citar o aumento do risco de aparecimento de cáries, pois o açúcar alimenta as bactérias na boca que produzem ácidos que corroem o esmalte dentário, levando a cáries.

O excesso de frutose (um componente do açúcar) pode sobrecarregar o fígado, levando à acumulação de gordura e, eventualmente, à doença hepática gordurosa não alcoólica, conhecida como esteatose.

Além disso, o açúcar pode ligar-se à proteínas na corrente sanguínea e formar produtos finais de glicação avançada (AGEs), que danificam o colágeno e a elastina na pele, levando ao envelhecimento precoce.

O consumo excessivo também pode causar vício e comportamento alimentar alterado, por exemplo:
• Pode ativar os centros de recompensa do cérebro de maneira semelhante a substâncias viciantes, levando a um ciclo de consumo excessivo.

Além de problemas digestivos, pois o consumo excessivo de açúcar pode desequilibrar a microbiota intestinal, causando problemas gastrointestinais e influenciar negativamente a saúde geral.

Por isso, os adoçantes são opções seguras para ajudar a manter o sabor doce de alimentos e bebidas sem os malefícios citados acima.

TEXTO ELABORADO POR ELAINE CRISTINA MOREIRA - CRN 14268

Nutricionista formada na USP com Especialização em Fisiologia do Exercício na USP, Nutrição em Doenças Crônicas no Hospital Israelita Albert Einstein e Nutrição Materno Infantil no Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da FMUSP.

Conselheira Consultiva da ANAD (Associação Nacional de Assistência ao Diabetes).

Realiza consultoria para indústria de alimentos, sua área de estudo é adoçantes, cujo tema ministra aulas em congressos, cursos de Nutrição e pós graduação em todo Brasil.

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